do lado oposto




este poema me escreve com linguagem
própria de arvoredo tocado pelo vento.
há qualquer coisa de leveza e vigor
nesse verde que rumoreja onde me renovo

amo o dia. e a noite, que o encontra às sete.
amo a liberdade que respira o ambulante
e o ervateiro; são-me alento o pó da estrada
e os respingos do mar - com ou sem luz

acordo e durmo como o musgo
que se alastra e barra a morte

: estou, pois, do lado oposto ao suicídio.


sonia regina
9.3.09


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