crimson, a cor do reboliço - sonia regina



Quando meus olhos escrevem dos desafios
que trouxeram vitórias e fracassos ao meu corpo
percebo a felicidade como uma recompensa
não marcada no relógio.

Carreguei a palidez sobre artérias ferventes
e não me creditei coragens por isso.
Sem qualquer covardia olhei o vento soprar
em várias direções e não me desintegrei.
Meu corpo, entretanto, transitou sem alma
através de mares fictícios e reais.
Com sangue pintei piratas inventando paisagens
de um vermelho profundo.

Cismar à-toa é um gosto antigo, sentir o jeito do mar também.
Reboliça o meu desejo de mover-me sem previsibilidade.


sonia regina
06012011
Imagem: Kenvin Pinardy






Nenhum comentário: