06
jan
2011
crimson, a cor do reboliço - sonia regina
Quando meus olhos escrevem dos desafios
que trouxeram vitórias e fracassos ao meu corpo
percebo a felicidade como uma recompensa
não marcada no relógio.
Carreguei a palidez sobre artérias ferventes
e não me creditei coragens por isso.
Sem qualquer covardia olhei o vento soprar
em várias direções e não me desintegrei.
Meu corpo, entretanto, transitou sem alma
através de mares fictícios e reais.
Com sangue pintei piratas inventando paisagens
de um vermelho profundo.
Cismar à-toa é um gosto antigo, sentir o jeito do mar também.
Reboliça o meu desejo de mover-me sem previsibilidade.
sonia regina
06012011
Imagem: Kenvin Pinardy
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