a flor e o vento
ah, mas foi o vento, essa imodesta
inquietação, suspensa presença,
que me ensinou [passando com vagar
por minha tez] a manter-me fresca
e sensível
com ele aprendi a receber o resgatável
pólen no impreciso vôo, na sua descida
ao fundo da minha delicadeza
aprendi a saboreá-lo, a domar a umidade
das minhas pétalas que o aguardam
- nuas de sorriso, como num rito –
no momento solene da penetração.
sonia regina
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