o tempo não é somente uma linha
do emaranhado que toca os sonhos
com uma nesga de direção
observa. há um começar para quem vive
a descer do mundo sem dele despencar
as mãos não se abrem só para se soltarem:
há no gesto uma nascente. a cabeceira de
um rio soberano que murmura
tu o escutas? é brando ainda o sussurro.
opera desde o leito, a firmeza das águas novas.
como o sangue renovado das artérias, elas fluem
e não mais contornam obstáculos: ultrapassam-nos.
sonia regina
16.3.09
as águas novas
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2 comentários:
Muito bom, Sonia.
Beijos
Obrigada, Fred :)
Feliz porque vc achou assim. Faz diferença.
Beijos
ps. vc não mora mais na Bahia?
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