a fonte das minhas palavras
nunca me morderam as palavras.
nem as que nasciam, de um vigor
enrolado na meiguice
você viu como me atemorizavam.
não pela fúria daquela energia pura,
mas porque podiam criar, ou destruir
quando a água nelas chora, evapora
e derrete, ao sol, estamos em estado
de fusão, numa quietude geradora
surgem as letras que me segredam
palavras: é tão secreto e íntimo...
"Há um grande silêncio dentro de mim.
E esse silêncio tem sido fonte de minhas palavras." [1]
sonia regina
12.4.07
____________________________________________________________________________
[1] LISPECTOR, Clarice. Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. 11 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982: 74-5
exercícios [interlocução]
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário