males não se penduram intactos
males não se penduram intactos
males não se penduram intactos
nos quadros, a tela como a pele cerra
os poros ao ar livre recompõem-se
e o lastro é de uma passagem o rasto
como sorrisos nos retratos e luares
em que não se banha duas vezes
não se resumiram num parágrafo final
as eras que suportavam o conhecimento
e a felicidade do sublime experimentado
na carne, o transcendente fogo dos deuses
escrito em versos não morre na poesia
do jarro no entretanto não todo o bem
regressou ao Olimpo, deixaram-no continuar.
à porta entreaberta das graças do segredo
divino e terrestre pressente-se a misteriosa
transmutação em flores do gelo e da neve
o passado ao repetir-se diferente revela.
Caterina de Athayde [Sonia Regina]
06.06.2007
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