há um poema no sol gasto
























aquele que já não saúdam
[e não mais é esperado no monte]
assenta-se nas linhas desabitadas

convoca as letras, é poema;
um segredo morno que pousa,
pagão e divino.

mais consistente na mobília da casa,
raiada presença a circular mãos postas
e vozes, oração sussurrada às 18h

nas sombras que deixa, sol gasto,
a branda luminosidade - quase maternal.

sonia regina
8.4.10



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