Pré-sal: " o Brasil perderia se o Estado brasileiro abdicasse de controlar o ritmo e a estratégia de exploração dessa riqueza"

"Assessor de Serra quer privatizar o pré-sal
Redação

David Zylberstajn, ex-genro de Fernando Henrique Cardoso e assessor técnico para a área de energia da campanha de José Serra à Presidência da República, aconselhou o tucano a desistir da proposta do governo Lula de modificar o modelo de concessão de campos de petróleo para o modelo de partilha, no caso dos blocos do pré-sal. Além disso, criticou o aumento da participação do Estado na empresa. "Não tem que existir estatal comprando ou vendendo petróleo", disse. "


Leia na íntegra em Carta Maior, 6.10.10




O que um governo Serra faria com o pré-sal?
Saul Leblon

" O professor Adilson de Oliveira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), prefere responder o que o Brasil perderia se o Estado brasileiro abdicasse de controlar o ritmo e a estratégia de exploração dessa riqueza. O risco existe e foi sinalizado recentemente pelo coordenador do programa de energia de José Serra: Zylberstajn quer afastar a participação estatal no comércio do petróleo brasileiro. “Não se trata apenas de uma posição ideológica; há interesses em jogo que gostariam de diminuir o peso da Petrobras; se possível, até quebrar a empresa”, analisa.
(...)
Em tese, o mercado até poderia substituir essa função”, comenta laconicamente Adilson de Oliveira, para emendar em seguida: “Com um custo para a sociedade brasileira: ela perderia, como já disse, o mais importante impulso de desenvolvimento já registrado em toda a sua história”. Orientadas apenas pelo lucro imediato, petroleiras multinacionais sangrariam das reservas o máximo de óleo no mais curto espaço de tempo. Não haveria encadeamentos industrializantes; tampouco recursos para um Fundo Social destinado a investir em educação, tecnologia e erradicação da pobreza, como quer o governo atual.

É nessa brecha de tensão entre a voz do professor, a regulação soberana já aprovada pelo Congresso Nacional e as incertezas embutidas no caso de uma hipotética vitória do candidato oposicionista, em dia 31 de outubro, que prosperam sinais e ameaças, como as balizas sugeridas pelo coordenador do programa de energia de José Serra, David Zylberstajn.

O professor da UFRJ não pronunciou o nome de Zylberstajn uma única vez em toda a conversa. Nem seria preciso: as iniciais DZ, da consultoria de Zylberstajn, estão visceralmente entranhadas naquilo que o economista de voz mansa classifica como interesses que gostariam de enfraquecer, “se possível, até quebrar a Petrobras”, para assumir o controle das maiores reservas de petróleo descobertas no planeta nas últimas três décadas."
 
 
Leia na íntegra em Carta Maior, 7.10.10




Os judas do nosso petróleo
 Blog Tijolaço [9.10.10]

"(...) Ao contrário do ditado do tempo de meus avós, quem desdenha da Petrobras, não quer comprar, quer vender esse tesouro do povo brasileiro.

Um povo que foi às ruas, há 60 anos, defendendo o petróleo que, àquela altura, apenas se imaginava haver aqui. Por uma Petrobras que comecou a produzir com dois mil barris diários e que hoje produz dois milhões de barris por dia, podendo chegar em poucos anos a quatro milhões diários.

Hoje temos não a intuição, mas a certeza de que nosso país repousa sobre uma das maiores reservas pretrolíficas do mundo.

Será possível que não possamos dizer ao povo brasileiro que, ao ir às urnas dia 31, é isso que ele estará colocando em jogo? Será que vamos ficar presos a discussões estéreis, sobre a opinião dos candidatos sobre coisas sobre as quais eles não tem nem poder nem responsabilidade e vamos deixar este tesouro ser entregue?

O povo brasileiro jamais nos perdoará se não dissermos a eles que é isso o que está em jogo. O povão, sofrido e desinformado, tem o direito de não perceber. Nós, não."

Ler na íntegra em http://www2.tijolaco.com/28619




Eles querem é nosso petróleo

Blog Tijolaço [8.10.10]

(...) Eu tenho dito há três dias: aí está o furo da bala.


O que interessa a eles é ter o poder e as condições políticas para entregar o pré-sal, que nos torna uma das maiores reservas de petróleo do mundo, a quinta ou sexta mais importante do mundo, por enquanto. E há possibilidade de novas descobertas, que já surgem, inclusive, como indícios mais palpáveis nas sondagens.

Todo o resto é cortina de fumaça. E nós não podemos dispersar nossas forças golpeando fumaça.

O discurso e a polêmica têm que se tornar claros para o povo brasileiro: é o petróleo que eles querem."


Ler na íntegra em http://www2.tijolaco.com/28586
 
 

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