Lançamento da Antologia 6 (2009)
Comemoração dos 10 anos de atividade online
Mensagem
A todos, o meu olá.
Divago sobre a caravela que trouxe Cabral e não gastou o mar. Somos um grupo de poetas que se consolidou em pontes sobre o Atlântico, sabemos que não há urgência que esgote as palavras. Se nossos versos não criam a ilusão do eterno, nas páginas desta antologia um sol febril ilumina o caminho.
Nossos corpos avançaram a bom ritmo, transportando a palavra acesa. Nossa carne renovada marca os anos vindouros e o estado da arte continuará soprando as almas como nos primórdios, salvando-as de se debaterem em seco.
Uma projeção sábia no caminho concebe a ação artística, intervém sobre a realidade, colide com o sonho. A escritura dos sentidos não chega a deitar raízes profundas. Plástico como a arte do ferro no apelo à vista, o poema é mais que um resíduo de época, na memória.
Não contabilizo os momentos que vivi no grupo Encontro de Escritas. Assisto os instantes, improviso no mundo visível e defendo neste meu rio o caminho.
Percebo que a convivência fecunda entre os poetas da Lista Escritas pode ser medida no nível da leitura. Os posts não só comunicam, sejam eles em verso ou prosa: enriquecem, integrando autor, leitor e texto. Escritores conscientes que se vêem e se diferenciam dos pares colocados diante de si têm sido gestados nesta casa, ao longo destes 10 anos.
Solidárias rotas sonham-se neste momento em que é lançada esta antologia. Uma obra que, no mesmo ritmo da voz, nos deixa entrever – autores e leitores - o sol por colher. Quem ler esta obra além da pele estará preparando os lábios para o sabor do poema que, não saciando somente o gosto mudo da madrugada, amanhece: lenta e prazerosamente.
Rio de janeiro, 6 de março de 2009
Sonia Regina
Comemoração dos 10 anos de atividade online
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A todos, o meu olá.
Divago sobre a caravela que trouxe Cabral e não gastou o mar. Somos um grupo de poetas que se consolidou em pontes sobre o Atlântico, sabemos que não há urgência que esgote as palavras. Se nossos versos não criam a ilusão do eterno, nas páginas desta antologia um sol febril ilumina o caminho.
Nossos corpos avançaram a bom ritmo, transportando a palavra acesa. Nossa carne renovada marca os anos vindouros e o estado da arte continuará soprando as almas como nos primórdios, salvando-as de se debaterem em seco.
Uma projeção sábia no caminho concebe a ação artística, intervém sobre a realidade, colide com o sonho. A escritura dos sentidos não chega a deitar raízes profundas. Plástico como a arte do ferro no apelo à vista, o poema é mais que um resíduo de época, na memória.
Não contabilizo os momentos que vivi no grupo Encontro de Escritas. Assisto os instantes, improviso no mundo visível e defendo neste meu rio o caminho.
Percebo que a convivência fecunda entre os poetas da Lista Escritas pode ser medida no nível da leitura. Os posts não só comunicam, sejam eles em verso ou prosa: enriquecem, integrando autor, leitor e texto. Escritores conscientes que se vêem e se diferenciam dos pares colocados diante de si têm sido gestados nesta casa, ao longo destes 10 anos.
Solidárias rotas sonham-se neste momento em que é lançada esta antologia. Uma obra que, no mesmo ritmo da voz, nos deixa entrever – autores e leitores - o sol por colher. Quem ler esta obra além da pele estará preparando os lábios para o sabor do poema que, não saciando somente o gosto mudo da madrugada, amanhece: lenta e prazerosamente.
Rio de janeiro, 6 de março de 2009
Sonia Regina
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