Midas - Sonia Regina


[capitulo 9]
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Simples, como as coisas boas da vida

Passear pela Praia do Sudoeste é ver sorrisos cheios e carregados de boa vontade se derramarem quando olhos se fitam sem nada dizer. Inspirar é constatar um ar diferente.
Midas ficara satisfeita como se ganhasse um presente ao re-descobrir esse lugar que ali estava, como que à espera: simples, como as coisas boas da vida podem ser.


Não a reduzem ou ampliam

Não me atordoa e me acolhe, a força poética de Midas, selvagem como uma árvore de um bosque, insubordinada como não o é a árvore plantada numa aléia.
Sei que suas pegadas na areia dizem que passou por lá, mas não dizem dela. Nem de todos os instantes.
Tampouco diriam as suas passadas na cidade, caso ficassem marcadas nas calçadas, ou o som dos seus passos.
São mais que um símbolo único ou perene, pois remetem a outros. E não a reduzem, ou ampliam.


Num momento secreto e íntimo

Somos, todos, um poema em construção; um vigor desencapado de meiguice; uma fúria contida na energia pura que pode aproximar, ou afastar.
Ouvir Midas ou lê-la é saber do litoral que me circunda e unifica. O poder num estado de fusão, tamanha a quietude geradora em que surgem suas letras, num momento secreto e íntimo.

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