O Poema
A noite aparece, pouco densa,
oferenda fabulosa e pura.
Escrevo, apenas.
Os dedos brilham ao som
das teclas tornadas letras,
signos ainda
não desbravados.
Construo e inauguro leitura possível.
Sem
remissão, sílabas claras
são lastro
seguro.
O
vislumbre de uma passagem
irrompe
e versos surgem na tela,
buracos
luminosos plenos
do
sublime experimentado na carne,
do
transcendente fogo dos deuses.
Pressinto
o mistério da transmutação
de um
instante extraordinário.
Estou cravada no mundo;
numa
quietude geradora parto
das
ruínas, sem milagres nas mãos;
lavrados
em nenhuma escritura,
a força
atenta e o valor guerreiro
fundados
no sangue.
Sonia
Regina
300413
Um comentário:
sonia belíssimo poema.digno dos melhores elogios.parabéns!!!bjs
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