desloco-me muito sem sair do papel
que nutre de luz meu ser selvagem,
como a areia ao sol do meio-dia
entre os braços abertos sou tudo o que vi a mais
nenhuma máscara de sépia restou
logros em preto e branco são impossíveis
os pergaminhos ficaram para as aquarelas
vou sendo cortejada pelo adiante, contigo ao lado
com nanquim e água tu o desenhas colorido
e me levas, material úmido, para além da têmpera
a metamorfose acirra o ânimo dos versos
dilatados. explodem multicolores, os sentidos.
sonia regina
10.4.09
leva-me para além da têmpera
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