poema de hoje

sonia regina


sei do frescor do rio 
e não comento das pedras que não piso 
estão lá, pertencem a esse ar parado 
......................................................morno  

muito do que não sei, existe 
como o silêncio fumegante
de uma xícara de café.
entre a boca e o líquido há um espaço
e percorrê-lo não compete ao desenho

: requer invenção

invento um caminho sem palavras.
sou paciente para fazer-me branca,
não morrerei do vindouro de uma manhã.


sonia regina
8.5.10

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