aves e marés - sonia regina

































aves e marés




em dança noturna tateamos
fugazes 
a periferia de nós

mergulhamos no mistério
cresceste em marés

minha pele abriu-se em aves

e do inacessível desejado
longamente
escrevemos a sós.


sonia regina
25092011





aves e marés
(primeira versão)

E nos momentos de profusão, de melancolia, sempre estamos sozinhos...” Malu*


em dança noturna tateamos
fugazes
a periferia de nós

mergulhamos no mistério
cresceste em marés

minha pele abriu-se em aves

e do inacessível desejado
escrevemos

a sós.


sonia regina
24092011 



*Malu é leitora da revista Letras et cetera e a epígrafe desta primeira versão do poema é o comentário que fez lá.  Eu não pretendia escrever sobre solidão e, sim, sobre aquele "a sós" gostoso e suave, sentido por um casal depois de muito amor. Reescrevi e guardei esta versão.





Imagem: autor ignorado





Nenhum comentário: