depois da queimada





















há uma dádiva nas pausas sem paragem:
vislumbra-se na escuridão o fogo,  tímido
perante a ternura das águas doces

os corpos molhados trabalham ao tempo
o que restou das cinzas sem sentido.
nos momentos de sol  a força brota,

as pupilas amadurecem
sem desassossego ou fantasia.
os gestos antigos calam-se.

sonia regina
23.02.12



imagem: autor desconhecido


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